sexta-feira, 17 de junho de 2011

Junho e as canjicas

Hoje tem festa junina!
Comentei com duas amigas que conto os minutos pra poder comer canjica...
Na verdade, sinto que fico desde final de julho até junho seguinte esperando junho pra comer canjica!

E pensar nisso me faz pensar em como nos impedimos de ser felizes...
Canjica não é fruta da estação, não tem época, não dá no frio!! No mercado ano inteirim tem mí de canjica! E leite condensado! E leite! E minduim ou côco ralado! E canela em pó!!! Ano inteiro!!! E por queeeee, meudeuuuuuussssssss, eu sofro o ano todo esperando as canjicas de festas juninas que só acontecem em junho??
POR QUEEEEE???

Seria tão mais fácil ser feliz o ano inteiro se eu ao menos parasse pra pensar que muitas das coisas que me fazem feliz são tão simples!!!

Aliás, isso me leva a pensar em outra coisa que estive pensando, porque pensar é assim, um trem sem fim.
Pensei que o preço da sofisticação é a insatisfação.
As pessoas sofisticadas, apreciadoras ferrenhas de bons vinhos, uísques e culinária chique, de música de altíssima qualidade, elas sofrem. Tenho dó. Quase nada é suficientemente bom pra elas. Pensa, que vida de merda!
Chega numa festa, um ralabuxo, um rastapé, só tem pinga, cachorro quente, uns churrasquim, talvez uma pamonha ou um pão de queijo, um quentão, uma canjica, uma cerveja das comuns, toca um forró, um sertanejo, um brega, um pop, qualquer coisa, e essas pessoas ficam com cara de * no canto, torcendo o nariz, achando tudo ruim, péssimo, monstruoso! É infelicidade demais, meu pai! É pior que esperar a canjica desnecessariamente por 11 meses, é um sofrer pra sempre!! Porque essas pessoas, mesmo no ambiente delas, num restaurante mega carérrimo, com um vinho de trocentos reais e um prato de outros trocentos reais com 100 gramas de comida perfumada e artisticamente decorada, elas não são felizes!! Porque o nariz delas já é torcido e é muito provável que nada alcance as expectativas idealizadas de perfeição palatar que elas têm!

Ah, neeem... Chamem-me de esquisita, de eclética, de avacalhada, de teletubbie, de pé-na-jaca, de dramática, de passional, de instável... whatever, sou feliz!
É forró? Eba! É MPB? Amo! É rock? Massa! Só tem pinga? To dentro! Só tem cerveja? Qual o problema? Só tem vinho? Pra que mais?? Só tem pão de queijo? =D Pra mim tá bom!! Tá quase tudo quase sempre bom! Sofisticação bem próxima do zero, mas a satisfação lá no alto! Se não é pra ser feliz, pra que que é?

Como um advogado dá uma laranja

Um professor perguntou a um dos seus alunos do curso de Direito:
- Se você quiser dar a Epaminondas uma laranja, o que deverá dizer ?
O estudante respondeu:
- Aqui está, Epaminondas, uma laranja para você.
O professor gritou, furioso:
- Não ! Não ! Pense como um Profissional do Direito !
O estudante respondeu:- Ok, então eu diria:
- Eu, por meio desta, dou e concedo a você, Epaminondas de tal, CPF e RG nºs., e somente a você, a propriedade plena e exclusiva, inclusive benefícios futuros, direitos, reivindicações e outras dicações, títulos, obrigações e vantagens no que concerne à fruta denominada laranja em questão, juntamente com sua casca, sumo, polpa e sementes, transferindo-lhe todos os direitos e vantagens necessários para espremer, morder, cortar, congelar, triturar, descascar com a utilização de quaisquer objetos e, de outra forma, comer, tomar ou, de qualquer forma, ingerir a referida laranja, ou cedê-la com ou sem casca, sumo, polpa ou sementes, e qualquer decisão contrária, passada ou futura, em qualquer petição, ou petições, ou em instrumentos de qualquer natureza ou tipo, fica assim sem nenhum efeito no mundo cítrico e jurídico, valendo este ato entre as partes, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, declarando Epaminondas que o aceita em todos os seus termos e conhece perfeitamente o sabor da laranja, não se aplicando ao caso o disposto no Código do Consumidor.
E o professor então comenta:
- Melhorou bastante, mas não seja tão sucinto...

(pra começar a sexta e voltar ao blog!)

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