segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Texto que eu concordo sobre um babaca capaz de estragar mais do que uma sexta-feira.

Bolsonaro faz insinuações contra Dilma na tentativa de liderar o neofascismo no Brasil
Tags:Bolsonaro, Fascismo, homofobia, racismo - walterfm1 às 12:49

http://maierovitch.blog.terra.com.br/2011/11/25/bolsonaro-faz-insinuacoes-contra-dilma-na-tentativa-de-liderar-o-neofascismo-no-brasil/

O deputado Jair Bolsonaro continua a sua difícil luta para se firmar como o principal líder dos movimentos neofacistas brasileiros

Para conquistar essa sua meta, Bolsonaro, que é capitão do Exército e restou eleito pelo estado do Rio de Janeiro, lança mão de ataques homofóbicos e racistas.

Meses atrás, Bolsonaro comportou-se indecorosamente num programa televisivo recordista de audiência: num quadro do programa CQC da Rede Bandeirantes, ao responder pergunta formulada pela cantora Preta Gil sobre qual reação teria na hipótese de um seu filho namorar uma mulher negra, Bolsonaro externou posição racista que a Constituição da República considera crime inafiançável: “Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem-educados”. Logo depois, Bolsonaro terçou arma e empunhou a da covardia. Assim, ele tentou trocar racismo por homofobia. Isto porque a homofobia ainda não está tipificada como crime próprio, ao contrário do racismo.

Em abril deste ano e diante das manifestações de Bolsonaro, organizou-se um protesto na capital de São Paulo contra a homofobia e o racismo. Os que protestaram, –não fosse a intervenção da Polícia Militar–, quase foram agredidos fisicamente por delinquentes convocados pela internet por “fascistóides bolsonarianos”. Como se sabe, os neofacistas e neonazistas não gostam de discutir idéias e preferem a força física destruidora como argumento.

Na última quinta-feira, Bolsonaro, da tribuna da Câmara e a pretexto de criticar o kit anti-homofobia preparado pelo governo federal, insinuou que a presidente Dilma Roussef era homossexual: - “ “Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assuma. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau”.

Mais uma vez, Bolsonaro foi indecoroso. Espera-se seja, por seus pares, processado pela falta de decoro parlamentar. De se frisar já ter o PSOL, por três fatos indecorosos, representado contra Bolsonaro na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Esse Conselho, por 10 votos a sete, arquivou a representação em 29 de junho passado.

Toda vez que é chamado à responsabilidade, Bolsonaro fala em Constituição e nos princípios referentes à liberdade de expressão e a imunidade parlamentar. Suas colocações, no entanto, baseiam-se na Constituição de 1967, elaborada pela ditadura militar.

A imunidade parlamentar não é mais igual à colocada pelos militares na Constituição de 1967, quando, pelo seu artigo 34, os crimes de opinião no exercício do mandato eram cobertos por imunidade absoluta. Os demais crimes (não de opinião), careciam de licença da Câmara para que a ação penal fosse proposta perante a Justiça.

Hoje, a Constituição, no seu artigo 53, assegura imunidade com natureza jurídica de causa de exclusão de pena. Mas, trata-se de imunidade quando as manifestações estão correlacionadas com o exercício do mandato e a defesa da sociedade.

Com efeito. Todo cidadão, pela atual Constituição, pode se manifestar livremente. Só que está sujeito às restrições legais e poderá, por exemplo, ser processado por crimes de injúria, calúnia e difamação. No âmbito parlamentar, fica sujeito à quebra do decoro.

Pano Rápido. Vamos aguardar seja instaurado o devido processo disciplinar contra Bolsonaro que vem num crescer. Esquecem os fascistas que todos os brasileiros têm liberdade de opção sexual. E todos são iguais. Afinal, o que interessa, para um país, a opção sexual de um alto dirigente, seja do Judiciário, do Legislativo ou do Executivo ?

–Wálter Fanganiello Maierovitch–

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

que dó...

Cada vez que o Bolsonaro abre sua boca preconceituosa uma pessoa de alma boa morre de úlcera.

Ainda bem que eu também não sou obrigada a gostar de todo mundo.

Por mim o trem dele apodreceria e cairia, de forma bem dolorida... kkkkkkkk

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Num guentei! (não é meu)

sei que o assunto já tá velho (eles estão a cada dia menos duráveis, é a tal da obsolescência programada) e que eu tinha escrito que não mais escreveria nada hoje, não faria mais post, calar-me-ia até não sei quando, mas não aguentei:

Lingerie (Sátira da Hope)

- Querido?

- Hum?

- Posso falar com você?

- Claro.

- Olha para mim?

- Pronto. Desculpe... Ei, nós vamos sair?

- Não, por quê?

- Então porque você está trocando de roupa?

- Não estou me trocando.

- Então porque você está só de calcinha e sutiã?

- Porque eu quero falar com você.

- Mas você precisava estar sem roupa?

- Sim.

- Você não está doente, está?

- Como assim?

- Você aparece aqui quase sem roupa e dizendo que precisa conversar. É sinal que eu vou ter que apalpar algo. Não é câncer de mama, né? Você sentiu algum caroço?

- Não é nada disso!

- Ok, mas você precisa concorda comigo. Eu apareço na cozinha vestindo cuecas e dizendo que preciso conversar com você. Aposto que você ia pensar na mesma hora que era sobre aquele meu joelho bichado.

- Não. Eu iria achar sexy.

- Oi?

- Sim, eu acharia sexy. Você não me acha sexy com esse lingerie?

- Acho. Essa calcinha fica bem em você. Era isso?

- Não. Eu quero contar uma coisa.

- Diga.

- Eu bati o carro hoje.

- Pelo amor de Deus! Quando? Você está bem?

- Mas não foi nada grave... Só arranhou a porta lá na entrada do prédio.

- Quando foi isso? Você se machucou?

- Não, não. Eu estou bem, só me assustei um pouco.

- Mas quando foi isso?

- Foi agora, quando cheguei, faz uma meia hora.

- Mas não está doendo nada? Tem certeza? Quer ir ao hospital?

- Não, estou bem. Pode ficar tranquilo.

- Mas por que você não me avisou? Você entrou em casa, me deu oi, saiu e voltou de novo!

- Então, é porque eu fui até essa loja comprar a lingerie.

- Oi?

- Sim, esta que estou usando.

- Essa calcinha é nova?

- Sim.

- Espere. Deixe eu entender. Você bateu o carro, entrou em casa, e não falou nada. Saiu, foi comprar uma calcinha, voltou, vestiu e decidiu falar sobre o carro?

- Isso.

- Maristela, você está bem?

- Claro. Eu já disse, não machucou.

- Não, não é isso. Você não poderia ter entrado em casa e falado “arranhei a pintura do carro, mas estou indo ali comprar uma calcinha e já volto”?

- É que eu queria estar sexy para você.

- Por causa do carro?

- Sim.

- Mas não tem porque ficar bonita para isso!

- Eu queria.

- Você não bateu a cabeça quando bateu o carro? É normal ficar um pouco desorientada...

- Claro que não! Estou ótima!

- Mas por que você quis ficar sexy para me contar que a porta do carro está amassada?

- Ai, Alfredo... Vem cá para perto...

- Para de esfregar as mãos nos seios! O que você está fazendo?

- Você não gosta?

- Claro que gosto, mas você acabou de bater o carro! Não faz sentido. Bater o carro te excita?

- Claro que não!

- Porque você está estranha.

- Ai Alfredo... Estou apenas seduzindo você.

- Mas e o carro? Você não está nem aí?

- Não, e você?

- Não, eu fiquei aliviado por que você não se machucou. Mas fiquei aliviado, e não morrendo de tesão.

- Ai, Alfredo... Você é tão devagar...

- Tem certeza que isso não te excita? Eu vi um filme uma vez...

- Chega, Alfredo.

- É sério. As pessoas se excitavam com porrada de carros...

- Desisto.

- Você não é assim, é? Teve aquela vez que eu dei ré e enfiei o carro num poste e você não ficou assim. Se ralar a pintura deixou você acesa desse jeito, aquela vez deveria ter deixado você em ponto de bala. Foi uma baita pancada.

- Como você é grosso, Alfredo!

- Não, eu só não entendo a lógica da coisa. Você bate o carro e vem aqui de lingerie me contar. A gente vai comemorar?

- Ai, Alfredo, esquece!

- Não, eu quero saber. É como se fosse um aniversário de casamento? Esta é a nossa primeira porta amassada do casamento, então você coloca uma calcinha nova, vamos abrir uma champagne... É isso?

- Esquece!

- Não, senhora! Quero saber de onde você tirou essa ideia!

- Não. Vou para o quarto colocar uma calça.

- Primeiro, responde. De onde você tirou essa ideia?

- Eu vi na TV, ok?

- Quê?

- Vi uma propaganda que diz que a lingerie sexy ajudar a contar notícias ruins para o marido.

- Oi?

- É. É isso. Pronto, falei! E você cortou o clima!

- Sério, Maristela... Eu não fiquei bravo porque você bateu o carro, eu fiquei preocupado com você. O carro que se foda. Pára de alisar a barriga e fazer biquinho!

- Esquece, Alfredo. Você é insensível demais!

- Não tem lógica! Quer dizer que se eu perder o emprego, tudo o que preciso fazer é entrar em casa, tirar a roupa e ficar usando uma cueca nova para te contar a novidade?

- Eu vou para o quarto!

- Isso. Eu vou descer para ver o carro e você vai colocar uma roupa.

- Pode apostar que eu vou! Você nunca mais vai me ver de lingerie!

- Para de gritar, Maristela. O que é isso? Essa nota aqui?

- Que nota?

- Maristela, você pagou oitenta paus nessa calcinha!

- Não é calcinha, é lingerie!

- Oitenta reais? Nisso aí?

- Sim! Porque eu queria que você não se magoasse com o carro!

- Eu não me magoei! Mas oitenta reais!? Com oitenta reais eu compro cuecas para uns dez anos! E ainda pego umas meias!

- Alfredo, você é um insensível mesmo.

- Não importa! Oitenta reais?

- Eu queria que você não ficasse bravo com o carro!

- Não estou bravo com o carro, mas sim com você pagar oitenta reais numa calcinha!

- Não é calcinha! É lingerie!

- Você que vai pagar a funilaria desse carro, Maristela!

http://champ-chronicles.blogspot.com/2011/09/lingerie.html

E pra terminar por hoje,

já que é sexta-feira e eu estou com a macaca (muito fofa a macaca!), eu queria redigir aqui minha humilde e inquieta opinião sobre pessoas que se preocupam com a sem graceira que o mundo (tadinho!) poderia(ou poderá) ficar se de repente (ooohhh) não se puder mais fazer piadas sobre mulheres (loiras, morenas, gostosas, barangas, dramáticas, românticas, sentimentais, burras, barbeiras), homossexuais, negros, pobres e deficientes.

Pessoinhas, garanto a vocês que o mundo não vai perder a graça (se é que hoje ele tem alguma)!!! Dou 100% de garantia! Humilhar as pessoas ditas "minoria" (ou por serem mesmo minoria ou por terem menos poder e visibilidade, como no caso das mulheres)não é engraçado. É até meio ridículo.
Assim, você pode até achar graça, foi criado rindo de Costinha, Trapalhões, Caco Antibes, Escolinha do professor Raimundo entre outros, mas o mundo (eba!!) tem mudado. Essas coisas nunca foram certas, mas hoje os/as que eram humilhad@s, zoad@s, serviam de objeto para as gargalhadas alheias começam a ter voz e auto estima suficiente pra dizer: ei, péra lá, já deu!

E eu repito: ei, péra lá, já deu! Era pra nunca tem precisar ter dado, mas o passado foi como foi, passou, agora chega!

O mundo vai continuar tendo tanta graça ou até mais do que teve até hoje. Porque existe o humor inteligente, existe o humor bobo que não ofende ninguém, existe aquele momento de bobose que temos vez em quando com nossos amigos, existem situações que são engraçadas e não machucam ninguém, e existe a graça das coisas! Juro procê!

Então, se você defende fulaninhos tipo aquele indivíduo do cequecê com medo do "politicamente correto" deixar o mundo "chato", tá na hora de rever seus conceitos...

Espero que esse desabafo não se aplique a você, e que se for o caso de se aplicar, que te faça refletir um pouco, se colocar na posição de quem foi rebaixado para que nós pudessemos rir...

Bom final de semana!

=)

E isso mata. (trouxe pra cá)

– Mas os homens também não são vítimas de violência doméstica, não são?

Com certeza, são. Mas as grandes vítimas da violência doméstica são as mulheres, as crianças (os meninos, mais a física; e as meninas, mais a sexual) e os idosos. Tanto que, segundo estudos feitos no Brasil e no exterior, mais de 90% das violências perpetradas contra a mulher ocorrem no ambiente familiar, e o agressor é pessoa conhecida – freqüentemente, o parceiro. Já entre os homens é o inverso. Mais de 90% dos atos de violência são cometidos por outros homens, geralmente desconhecidos, e em espaços públicos.

- Eterno ser imperfeito, objeto de prazer, consumo ou de pancada de outrem...

Seria saudável para todos nós se tragédias anunciadas como a morte de Eliza Samudio ou o estupro da adolescente de 13 anos por outros três adolescentes na casa de um deles, servissem para que Estado e sociedade como um todo refletissem e agissem para diminuir o número escandaloso de mulheres assassinadas ou estupradas por seus companheiros diariamente no Brasil. Teríamos menos Elizas, Mércias, Eloás, Julienes e seus bebês, Marias Islaines, Orestinas…

Nossa taxa de feminicídio é bem superior à média de outros países. Segundo o Mapa da Violência no Brasil no período de 1997 a 2007 dez mulheres foram assassinadas por dia, na maioria por seus companheiros atuais ou antigos maridos ou namorados. Segundo Mayra Kubik Mano, a cada quinze segundos uma mulher é espancada no Brasil!

A antropóloga Debora Diniz com muita propriedade argumenta: “A violência não é constitutiva da natureza masculina, mas sim um dispositivo cultural de uma sociedade patriarcal que reduz os corpos das mulheres a objetos de prazer e consumo dos homens.”Quando temos consciência de que não é natural o desrespeito e, não raro, a violência física, moral, psicológica com que somos tratadas e denunciamos, somos ridicularizadas com o velho e recorrente discurso que nem mesmo os editores e chargistas do Pasquim abriram mão.

De nós é exigido um corpo belo mesmo que não sejamos modelos ou atrizes pornôs.
...

Nosso corpo ainda é coisificado e muitas vezes nos cansamos e nos adequamos. Vivemos, aceitamos e cultuamos a juventude e um determinado padrão de beleza (geralmente branco, magro, loiro e de olhos azuis) e relegamos ao segundo plano todo ser ‘imperfeito’ fora deste padrão. Permitimos que meninas negras com apenas sete anos sejam eletrocutadas no banheiro devido a um curto circuito em uma maldita chapinha usada para transformar seus cabelos crespos ‘imperfeitos’ em algo ‘apresentavel’.

Fazemos as mulheres depois dos quarenta serem muitas vezes tratadas como ridículas, porque querem recuperar sua juventude a qualquer custo.

Se a mulher exige de nós o direito de envelhecer com dignidade alcunhamos a de ‘tia velha, mal-humorada’. Se tem consciência de que sua experiência sexual permite que todo o seu corpo, com ou sem gordurinhas e celulites, ou alguns fios de cabelo branco, exerça desejos; se ela sabe que nada disso a impossibilita de dar e obter prazer junto ao seu companheiro, também não é valorizada.

Não criamos caprinos, devemos formar homens e mulheres saudáveis.

Pré-julgamos mulheres que não seguem as normas impostas pela falocracia, mas consumimos o corpo feminino oferecido em diferentes suportes midiáticos.

http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/sexismo-emburrece-e-mata.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

... e quando compra, compra mesmo! (não é meu)

Ana Arantes: O Sexismo Benevolente
por Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro

http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/ana-arantes-o-sexismo-benevolente.html

Como prometido neste post: Hope, o repeteco da propaganda sexista e a burrice publicitária, reproduzo mais um texto que ‘desenha’ o quanto a propaganda da Hope é sexista.

O Sexismo Benevolente

Por Ana Arantes, em seu blog


Então que a marca de lingerie Hope pode ter que tirar de circulação a peça publicitária com a Gisele – meodels, a Gisele de novo… – porque a Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal entendeu que “a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas”.

À parte meia dúzia de feminazis, a escorchante maioria das pessoas achou o filmete no máximo “engraçadinho”. O que é que tem, gente!?!??! Agora não pode nem fazer uma piadinha?!?!? Bando de mal-amadas. As mulheres já conquistaram direitos iguais aos dos homens, já conquistaram os bancos escolares e os cargos importantes nas empresas, pra quê tanto mimimi?!?!

Se você concorda com as frases do parágrafo acima, no todo ou em parte, você é, SIM, sexista. Independente de seu gênero, você se comporta de modo a perpetuar determinadas relações interpessoais baseadas na desigualdade social entre homens e mulheres. E pior: você pode estar agindo dessa maneira sem nem mesmo dar-se conta. Você pode ser um “Sexista Benevolente”.

O Sexismo Benevolente é aquele que, sem ser ostensivo ou agressivo, reforça a idéia de que “mulheres são seres frágeis”, “não foram feitas para trabalhos pesados” e, portanto, devem ser cuidadas e tuteladas pelos homens. A ideologia do Sexismo Benevolente baseia-se na pretensa diferença de “força” entre homens e mulheres e se infiltra nas atitudes cotidianas disfarçada de “demonstração de carinho”, “cuidado com a mulher” e até mesmo de “cavalheirismo”. Mas, diferentemente do sexismo explícito, aquele obviamente machista e misógino, ou do sexismo “moderno” que não quer aparentar machismo, mas “o que essa dona queria, saindo de casa assim com essa roupa provocante?”, o Sexismo Benevolente é insidioso, porque aparenta positividade.

O sexista benevolente nunca dirá que lugar-de-mulher-é-na-cozinha, mas sempre reforçará sua namorada com elogios, beijos e carinhos por ter feito aquele jantar maravilhoso; e será bem comedido nos comentários sobre a promoção da namorada ao cargo de gerência. Nas palavras de Becker & Swin (2011):

“…as qualidades, aparentemente positivas e lisonjeiras, embutidas (e, portanto, despercebidas ou não reconhecidas) nas normativas relações desiguais de gênero, escondem o mal que o Sexismo Benevolente promove e incentivam a sua aprovação.” (Becker e Swin, 2011).

Essas autoras – sim, são duas mulheres – propuseram uma série de estudos experimentais sobre a percepção de homens e mulheres acerca do sexismo presente em seus cotidianos. Os resultados mostraram que quando as pessoas são forçadas a prestar atenção a comportamentos sexistas, elas tendem a não tolerar a discriminação com tanta facilidade. Porém, como era de se esperar, homens respondem negativamente ao machismo explícito e ao sexismo agressivo, mas quando se trata do Sexismo Benevolente, é preciso mais do que “atentar” para se tornar sensível. Os homens do estudo de Becker & Swin (2011) só passaram a reagir negativamente às expressões de Sexismo Benevolente depois de uma intervenção em que foram treinados a ter empatia, a colocar-se na situação de uma mulher e a discernir quais eram seus (delas) sentimentos. Para um homem, “as crenças tradicionais sobre relacionamentos românticos entre homens e mulheres (por exemplo, a crença de que homens são incompletos sem uma mulher, ou de que todo homem deve ter uma mulher a quem adorar)” não são consideradas expressões de sexismo. Já para as mulheres que foram ensinadas a perceber expressões sexistas disfarçadas de bajulação, essa frase foi significantemente considerada como sexista. Já as mulheres do grupo de controle, que não foram sensibilizadas para atentar aos comportamentos e atitudes sexistas, os resultados se assemelhavam aos dos homens tanto do grupo de controle, quanto do grupo experimental no que dizia respeito ao Sexismo Benevolente.

“Estes resultados sugerem que as mulheres endossam crenças sexistas porque lhes falta o reconhecimento de formas sutis de sexismo, porque subestimam incidentes sexistas e não percebem o valor agregado do sexismo em suas vidas diárias.” (Becker e Swin, 2011)

Algumas brigas a gente compra...

http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/custo-do-machismo-no-pais-de-rafinha-placas-e-pinos-no-braco-porque-disse-nao.html

(copiando)

14 de outubro de 2011 às 19:56
Custo do machismo no país de Rafinha: placas e pinos no braço porque disse “não”
por Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro

Sexta feira passada eu e mais nove blogueiras feministas tivemos um encontro fantástico com a ministra Iriny Lopes, discutimos muitos assuntos, entre eles o caso Hope, Rafinha Bastos e outros. Preciso escrever a respeito, mas estou aguardando o vídeo que está sendo editado por uma das blogueiras que fez uma captação profissional.


Há boas notícias para as mulheres: em dezembro, ocorrerá a 3a Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres que já reuniu em mais de 2 mil municípios mais de 250 mil mulheres discutindo políticas públicas voltada para nós.

Uma de minhas questões para a ministra Iriny Lopes versou sobre o fato da pouca comunicação que existe na Secretaria para que os brasileiros entendam quais são as suas atribuições, quais são suas realizações, sua dimensão, seu orçamento, sua autonomia, já que, apesar do status de Ministério, as Secretarias como a de Direitos Humanos, a SEPPIR e a SPM estão ligadas à Presidência da República.

Ao conhecermos a real importância de uma Secretaria como esta talvez possamos parar de negar o machismo secularmente entranhado em nossa sociedade, parar de rir de ogros, parar de achar que a publicidade que trata mulheres como objeto e não como um sujeito de vontades e escolhas e ainda diz que o certo é ser objeto seja uma boa publicidade. Talvez entendamos que é impossível não apoiar ações institucionais que lutem também contra a violência simbólica presente nos programas de humor sem graça alguma. Quem sabe assim, rapazes como o que agrediu a jovem potiguar compreendam, finalmente, que quando dizemos não, queremos dizer: NÃO!

A foto e os depoimentos abaixo foram retirados de O Globo

Rhanna Diógenes, 19 anos, passou por cirurgia para colocação de placa e pinos no antebraço direito (Foto: Arquivo pessoal)

“Estava conversando com minha amiga em um sofá, quando ele se aproximou e já tentou me beijar. Eu disse que não e me afastei. A partir daí, ele começou a me xingar com palavras que me recuso a repetir.”
(…)
Foi aí que ele apareceu de novo, tentando me beijar. Eu expliquei para ele que não o conhecia, que não era para ele fazer aquilo. Ele agarrou meu braço com muita força, como que se fosse me levar para outro lugar. Eu joguei o refrigerante nele e ele me empurrou pelo braço até o chão.”
(…)
Com um ele me empurrava para o chão e com o outro ele puxou o braço para cima. (…) Era muita dor. Vi meu braço virado e só pensava em segurá-lo, meu braço ficou solto.”

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não entendi...

A quem a RedeBobo tá ajudando fazendo uma super reportagem antecipando todos os passos da polícia quanto a ocupação e pacificação da favela da Rocinha.

Ela quer alertar a todos os traficantes o quando e como a polícia pretende chegar lá, pra eles não serem pegos de surpresa???

Eu sou meio lerda ou o que?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um presente pra quem, por não merecer, merece.

Para você, pessoa não fofa!

Tenho uma coisa a te falar... Você já devia ter sido informado disso há muito tempo, mas o mundo é como é e não como devia ser.

Então lá vai uma verdadezinha que você ta precisando:

Você não é melhor do que ninguém.

Isso mesmo, você é tão especial e tão comum quanto qualquer outro ser que habita este planeta.

Se um dia sua mamãe ou outra pessoa querida te convenceu que você era melhor do que quem quer que fosse, e você se acha mesmo no direito de agir a partir deste ponto deturpado de vista, meus lamentos:

és mais um babaca no mundo.

Aniversário da pandemia!

  Brasil. Pandemia. Vai fazer um ano... um ano de isolamento. Um ano de crianças sem escola, um ano de homeoffice . Um ano agradecendo que n...