quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vida real, vida virtual

Escrever...
às vezes tão necessário pra tirar o peso do mundo de dentro, e às vezes o peso do mundo é tão grande que não dá pra escrever.

A vida tem dado suas voltas. Tenho aprendido muito com ela.

Aprendido que por mais bem preparada e bem intencionada que uma pessoa possa ser, ainda assim as coisas fluirão melhor se ela não agir sozinha, se ela ouvir os outros.

Que o mundo não vai mesmo parar por causa dos meus momentos; que numa linha de produção, quanto mais rápido você apertar o parafuso mais parafusos vão querer que você aperte (ainda assim, não é bom que fiquemos tão lentos que nos tornemos dispensáveis).

Aprendido que muitoas vezes não vão me entender. Por mais que eu explique. Podem não me entender porque eu não sei explicar direito, porque nem eu me entendo, ou porque simplesmente o "eu" do outro é diferente do meu "eu", e não me apreende. E isso é normal.

Aprendi que a gente se cansa. E não só das coisas mundanas (acordar com despertador, tomar banho e comer correndo, pegar carro, ir para o trabalho, trabalhar trabalhar trabalhar, conversar, rir, comer, trabalhar trabalhar trabalhar, a senhora chata que berra ininterruptamente a um metro de mim, trânsito, comer, faculdade, ler), mas também das coisas de nossa cabeça (saudade da família, saudade do namorado, saudade das amigas, vontade de ficar a toa, vontade de ler outro livro, ansiedade pelas coisas inacabadas, ideia da necessidade dos exercícios físicos, nossas neuras). A gente se cansa de falar, se cansa de pensar, de cansa de ouvir, de enxergar, de mastigar, de esperar. E tem ainda o futuro!!! O futuro, onde tenho ainda mil horas de trânsito, milhares de despertadores tocando, milhões de mastigadas (comer é bom, mas ter de comer várias vezes todo dia cansa!), médicos, resfriados, mudanças, natais, decidir férias, discutir com chefe, amanhã, amanhã, amanhã...

E como é que descansa???

Cadê o tempo?

Aprendi também que todos temos nossos nós. E que a vida vai fazer você se enganchar neles várias vezes, em diversos diferentes momentos, e mesmo quando você acha que já o desatou ele dá a volta e te pega em outro lado. E que se você não percebe seus próprios nós, fica achando que os outros é que são embaraçados demais.

Não é só isso, nunca é, mas por agora deu.

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