quinta-feira, 7 de abril de 2011

Invasão inoportuna no laguinho dos peixes

Aqui no local em que trabalho, posso dizer que tenho uma posição (física) bem privilegiada. Minha mesa fica colada numa parede de vidro, de onde posso ver um tanto de céu (e ver se chove na asa norte ou na asa sul), posso observar as pessoas esperando o ônibus, consigo ver se o eixinho já tá engarrafado, o sol não bate direto porque a rampa faz uma sombrinha, e, o melhor de tudo, fico a apenas uns 2 metros do 'laguinho' das carpas.

É gostoso olhar pela janela e ver a calma dos peixes, hora em grupo, hora individulamente, nadando como se fossem alheios ao trânsito, ao tempo, às pessoas, ao trabalho que fazemos aqui nesse predio enorme, alheios a tudo... Dá uma paz... às vezes, stressada, olho pra eles e penso "quem dera ser um peixe..."

Às vezes me preocupo com elas... o 'laguinho' é raso, e como diz uma amiga, parece que elas só podem nadar horizontalmente, sem poder subir e descer o suficiente pra sentir a real liberdade de ser um peixe. A água também por diversas vezes parece bem suja... tem todo um lodo, umas folhas caidas das árvores próximas... as vezes algum papel de bala jogado no chão por algum cidadão não civilizado e trazido pelo vento...

Hoje, particularmente, boia a dois metros de mim uma folha de jornal barato, com mulheres seminuas em poses pornográficas, empinando seus "backgrounds" em direção à câmera que registrou talvez o melhor de cada uma delas...

Enquanto ela estiver ali, aberta, boiando, sei que a visão da minha janela me trará mais raiva do que paz... que cosa triste...

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