domingo, 27 de fevereiro de 2011

Causa-me espécie!(*)

As modas vão e voltam. De algumas dessas voltas podemos nos lamentar...

Fui a uma festa e me lamentei da volta de um determinado tipo de moda: vestidos microcurtos e megajustos. MICRO curtos e MEGA justos, exatamente assim. Sem deixar nenhum espacinho pra imaginação de quem quer que seja...

Poxa vida, mulheres! Estamos aqui há décadas lutando pra sermos respeitadas por nossas milhões de habilidades e capacidades, por nossos intelectos desenvolvidos e afetuosos, por nossa multitarefacidade, e vocês voltam agora a se embalar como produtos comestíveis em tão ínfimas embalagens?? Deu-me uma tristeza.

Eu já estava me sentindo uma senhora idosa entre tantas carinhas nunca dantes vistas, ficando incomodada com a algazarra jovenil exagerada, mas ao ver vários (vários.. =/ ) desses micromega-pouca-roupa embalando corpos tão expostos, senti-me desolada... Desesperançada quase...

Foi-me dito que essa moda veio dos bailes funks do Rio, e isso não me consolou nem um pouco...

Veja bem, essas roupas sempre foram usadas por profissionais, a quem muito respeito, que tiram seu sustento de alugar o que Deus lhes deu, e assim escolher a apresentação correta pra vender o produto é praticamente a alma do negócio. Resumindo, não sou contra a existência desses pedaços de pano que, o pouco que escondem, deixam explícito... só fico triste que jovens que, penso eu, tenham outros objetivos na vida, exponham suas figuras desta forma seminua e totalmente crua. Tão jovens! O futuro do nosso mundo, as mulheres do amanhã (!!!), futuras médicas, advogadas, deputadas, empresárias, professoras, policiais, atrizes, servidoras públicas, ainda querendo admiração pela apetitosidade de suas bundas e coxas...


(*) aprendi essa expressão (causa espécie) em uma nota-jurídica, escrita em juridiquês perfeito, e significa 'é de cair o queixo!', 'to beixta!', ou 'causa espanto e admiração'...

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