quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pensamento sincrético



Estava eu ontem concentradamente fazendo aula de ioga e tentando ignorar o incômodo das lentes de contato e a fome da hora do almoço...

Posição de equilíbrio, a árvore, respira fundo, foca o olhar em um ponto, ponta da língua no céu da boca, transfere o peso pra uma das pernas, eleva a outra lateralmente, dobrando e apoiando o pé na altura do joelho. Braços esticados à altura dos ombros. Concentra, concentra, não cái...

Instrutora: - Agora abre bem a virilha da perna que está dobrada! Imagina que tem um nariz na sua virilha e respira por ali!

Desconcentrei. Tive uma semi-crise de riso que me desequilibrou e me obrigou rapidamente a brigar comigo mesma e a me obrigar a voltar a focar no ponto sem graça da parede... a imagem ficava voltando à minha cabeça, e foram segundos sofridos... imagina que tem um nariz na sua virilha?!? Olha que eu nem imaginei que tinha alguém com o nariz enfiado na minha virilha me cheirando... imaginei mesmo foi brotar um nariz meu ali na minha virilha, assim, do nada, e daí pra imaginar como seria viver tendo dois narizes, um deles naquele lugar ali tão... tão... sei lá, um lugar que fica sempre escondido por roupas, que fica esprimido quando a gente senta, que fica pertim das partes íntimas... será que eu poderia morrer asfixiada de usasse uma calça mais justa? E iria sentir dor ao, por exemplo, dançar forró e amassar o coitado?? Imaginação foi longe, auto-bronca (Adriana, concentre-se na parede, caramba!!!) e um exercicío extremo de re-concentração e ufa...

Instrutora: - Podem voltar os dois pés pro chão, e preparem o outro lado da postura...

Um comentário:

  1. Mas, gente, quem nao desconcentraria? ô padim ciçu, a criatividade humana é deveras deveras. Um nariz ali? Ah nem ao cubo! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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