É isso o que sinto quando vejo notícias sobre essas grandes catástrofes que fazem tantos mortos de uma vez só... Sinto-me, e sinto-nos, enquanto seres vivos, ínfimos. Somos ínfimos e efêmeros. Somos quase nada...
O que é preciso pra tirar a vida de um ser vivo? Bem pouco. Somos tão frágeis... Morremos afogados, morremos entoxicados, morremos esmagados, morremos de bater a cabeça, morremos por faltar oxigênio, morremos de um medo e susto que nossos corações não aguentam... Morremos da radiação que guardávamos em uma construção segura... não é mais tão segura, ela sái, e morremos de câncer, aos poucos...
Morremos também do egoísmo humano, por nos faltar comida e água e cobertor e teto, e morremos do absurdo egoísmo humano com uma bala na cabeça ou uma faca enfiada no peito. Morremos de dor, morremos de dó, não fazemos nada, nem o pouco que poderíamos, e morremos...
Morro um pouco a cada vez que vejo alguém chorar ou sofrer dessas coisas que não pôde evitar. Nessa hora tanto faz de quem é a culpa, se estamos só colhendo o que plantamos ou não... Plantamos errado, eu sei, mas é na colheita que vem a dor... e eu morro com eles, que somos nós...
Diz-me se tem alguém que consiga se sentir grande numa hora dessas... Eu duvido.
Somos todos pequenos e insignificantes, somos todos nada, e uma coisa só. Os estragos não ficarão restritos, o mundo se tornou pequeno... de alguma forma aquela onda gigante vai chegar a todos nós, e um dia precisaremos todos encarar de frente (com humildade) que não importa quão importantes cada um de nós nos sintamos, somos todos mínimos.
terça-feira, 15 de março de 2011
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