quarta-feira, 9 de março de 2011

Todo carnaval tem seu fim

E, portanto, acabou...

Carnaval no Rio de Janeiro, sem ouvir nem sequer um samba enredo, sem ver uma única mulata quase nua sambando de sandálias brilhantes.

Ainda assim, meio atípico, uma experiência das mais interessantes e válidas! Estar no Rio é sempre especial... Inevitável constatar, sempre, que ele continua lindo. Clichê, mas o desbunde de formosura daquela obra prima da natureza é mesmo de causar espanto.

Não faltou alegria e cerveja, os mesmos bons sambas de anos, preferidos e conhecidos por todo brasileiro que se preze... Não faltaram foliões de todas as idades, sexos, cores, sotaques, linguas e formatos, a criatividade de fantasias inéditas e a presença das fantasias de sempre. Faltou a presença do meu amor, com seu melhor abraço do mundo que me cabe, mas a saudade sambou lado a lado com a alegria e a cerveja, tudo na mais perfeita ordem, tudo na mais santa paz...

E a Lapa? Amo aquele lugar, mesmo quando, chegando a madrugada, sinto-me no meio do sanatório geral do grande Buarque, com seus napoleões retintos e os pigmeus do Boulevard!

Carnaval no Rio eh o ápice da democracia embalada ao som de Baco! Todos os sotaques e classes sociais cantam em coro, pagam os mesmos $5 em duas latinhas e enfrentam a mesma grande fila dos mesmos fedidos banheiros químicos! Tudo é alegria e todos somos irmãos ali!

Freud teria amado a experiência, e na certa teria boas explicações para o fato que mais da metade (sem exagero!) dos foliões, que são tão homens por 360 dias por ano, aproveitam que eh carnaval e capricham na maquiagem, na mini saia e nos trejeitos, desfilando ali seu lado feminino em todo seu auge e bizarrisse...

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